Lady GaGa atualizou seu twitter nesta manhã de sexta-feira (13), e comentou sobre sua capa na próxima edição na V Magazine, e seu 1º artigo para a revista.
@ladygaga: My VMagazine Cover + first article as a fashion columnist is out! It’s dedicated to all little monsters in Asia!
Tradução: A capa da VMagazine + meu primeiro artigo como colunista de moda já está dísponivel. E é dedicado a todos os little monsters da Ásia!
Artigo para a V Magazine
Lady GaGa é a mais nova colunista da “V Magazine” – e seu primeira artigo para a revista já foi publicado: GaGa fala sobre s
Eu sonhava em ser uma estrela do rock que se vestisse como Mark Bolan, andasse como Jerry Hall, e tivesse a petulância de Ginger de ‘Casino’ e o mistério de Isabella Blow.¹ Veja a nota de rodapé.
mitose, se tornando a
originalidade do futuro.
perguntado bastante frequentemen
te). Ele disse muito sincero, sem hesitação, “Chiclete Bazooka”². Veja nota no rodapé. E dessa forma, como tantas outras criaçãoes do meu cérebro tomam forma, eu percebi, e então a Haus percebeu, que eu não precisava apenas me reunir com a minha juventude (“Bazooka gum”), mas que meus fãs precisavam me ver desse jeito juvenil para, em seguida, entender a intenção oculta de porquê eu escrevi “Born This Way”. Acompanhada com um rabo-de-cavalo de lado, isso me lembrou os momentos que eu era apenas um baby monster. Quando minha mãe empoleirava um rabo-de-cavalo bem alto no meu cabelo e nós dançávamos muito ao toca-fitas que o perfeitamente empoleirado rabo-de-cavalo que ela criou caía para o lado. Eu tive de tomar uma desconfortável jornada de volta ao ensino médio, onde minha juventude representou lágrimas. Desejando ter uma máscara. Espero que eu pudesse artisticamente esconder as feridas enterradas fundo de anos a sofrer bullying. Desde então eu tenho analisado essa psicologia na
minha arte performática.
Mas, dessa vez, a revelação foi clara: eu ainda quero usar a máscara, mas agora eu a uso orgulhosa, e com a mesma efervescência e inocência de quando eu tinha seis anos, dançando com a minha mãe.
Depois de eu performar “Born This Way” no Grammy, pareceu que a peça foi interpretada como um compromisso para com a batalha. E a performance foi um grito de guerra, em essência – pela liberdade contra as forças da desigualdade e preconceito. Mas tão rápido quanto a música catapultou para número um, uma controvérsia mais sutil explodiu. “Born This Way” foi um triunfo como música pop e declaração social, mas basicamente revelou o
utra divisão: a realidade com que os desafios das gerações jovens com igualdad
e e justiça social são tão prevalentes agora quanto elas eram vinte anos atrás. E enquanto “Born This Way” foi escrita para cada etapa da vida, eu comecei a sentir que meus fãs mais jovens estavam procurando ser educados, enquanto outros sentiam que eles já tinham sido educados. Talvez, dessa forma, a canção não foi para todos, mesmo que a intenção fosse essa. E talvez eu tenha sido ingênua em esperar que todos desvendassem o
verdadeiro significado da minha performance da maneira que eu desvendei o vestido “Mondrian” de YSL. Ao invés disso, eu fui presa entre duas forças: uma abraçada à um rabo-de-cavalo e outra gritando “Eu não quero estar com raiva, eu só quero ser livre”.
“EU NÃO QUERO SER UM EMPECILHO, EU SÓ QUERO SER UMA RAINHA”.
Eu tenho um entender apaixonado da história de muitas das referências que eu não apenas tenho me reinspirado, mas tive reinterpretado sobre séculos de moda: de onde eles vieram, o que
significam, e espeficamente como se tornaram modernos de novo. Eu tenho simultaneamente mostrado que eu posso “te ler” nesse assunto, mas eu gostaria de analisar com o fato de que muitos se agarram fortemente à divisão cultural e saindo de casa sem cartões da biblioteca.
Assim como algumas vezes Picasso foi o Matisse de Mondrian, e vice-versa. Bowie é frequentemente meu Mondrian, assim como Michael Jackson, Prince, Lita Ford, e Madonna. Mugler é o Mondrian da minha silhueta, Cindy Crawford é da minha sexualidade, Kermit é dos meus devenaios, e, no meu vídeo de “Born This Way”, dois dos meus Mondrians foram Francis Bacon e Salvador Dalí. Em muitas maneiras, a “ideia” de ser obcecada com arte é meu Mondrian. Assim como a Sopa de Tomate
Campbell foi o Mondrian de Warhol, e Marilyn Monroe e Maripol foram os de Madonna. Eu sou obcecada com todos os autores na biblioteca da cultura pop.
Eu não defino, de qualquer forma, meu talento artístico ou relevância histórica com uma declaração de moda ou música em particular. E eu não acredito que algum dos artistas que eu mencionei já o fizeram.
Eu encontro liberdade na minha habilidade de me transformar e me liberar (e a outros) com arte e estilo – porque essas são as coisas que me libertam da minha tristeza, das minhas cicatrizes sociais. Além do mais, eu não estou de forma alguma encorajando alguém à copiar meu sentido de moda, mas estabelecer um, esperançosamente, exemplo de libertação para qualquer um que procurar dentro de si e descobrir que eles podem se tornar qualquer uma imagem ou projeção imaginável. Eu sou uma expert pop cultural obssessiva. E, talvez, entre minha música, arte performática e essa coluna, eu serei lembrada como tal. Depois de semanas escrevendo esse artigo, eu perguntei em voz alta, “O que você acha que YSL pensaria sobre a minha metáfora sobre a coleção dele?”. Meu designer de cabelo Frederic respondeu, “Você poderia perguntar à Nan Kem
pner, mas ela está morta”. Agora essa sim é a rainha que nunca saiu de casa sem seu cartão da biblioteca.
Notas de Rodapé:
1. Bíquini espelhado inspirado por Bolan Scuba Suit, modelo de passarela do Mugler, um romance antigo com drogas e fantasias cheias de jóias a lá Scorsese. Chapéu de Lobster Philip Treacy.2. Para aqueles que nunca o tiveram, é um chiclete retrô que vem com tatuagens temporárias extravagantes.
Composição com Vermelho, Azul e Amarelo, 1930. Obra-de-arte de Piet Mondrian.
Yves Saint Laurent, Outono-Inverno 1965/66
Nenhum comentário:
Postar um comentário