O site Pop Justice fez uma matéria para a revista Stylist onde falou de Gaga e Born This Way, confira:
Antes que você se prenda no que será uma leitura extremamente esclarecedora, tire um tempo para fazer uma lista na sua cabeça de todas as super popstars dos últimos 50 anos. Agora comece a riscar os nomes. Comece com todas que não conseguiam cantar de verdade ao vivo, todas que não escreviam suas próprias músicas. Continue riscando os nomes se a popstar não é divertida ou, consciente, não liga para seus fãs, nunca vestiu uma roupa feita totalmente de Caco dos Mupets, não é aberta sobre sua sexualidade, não tem posição política bem definida e – essa é a pegadinha – é simultaneamente uma vendedora de 10 milhões de músicas. As chances são de que você só tenha dois ou três nomes, e a única dessas que você vai ouvir na radio hoje é Lady Gaga de 24 anos.
Lógico que não é necessário uma lista de nomes descartados para lhe dizer como Gaga define essa era de música pop, e o lançamento do seu fenomenal novo single Born This Way junto com o álbum de mesmo nome em maio, irá garantir à Gaga uma destemida, inovadora e carregada de sexo odisséia pop pelo menos por mais 18 meses. Born This Way já soava como um hit quando nós do Stylist escutamos pela primeira vez, versão demo, na ultima primavera. Agora ela está pronta para enfrentar os holofotes – a musica é um hino sobre auto confiança e igualidade daquelas que é capaz de chamar as atenções e mais importante tem uma batida de quebrar tudo.
maior parte das popstars obtem sucesso por que elas fazem parecer fácil o que elas fazem, mas Lady Gaga faz o seu trabalho parecer impossível e ela impôs algumas metas impressionantes para qualquer um que queira tomar o seu trono. Kylie Minogue entendeu bem quando falou que Gaga “jogou um meteoro no meio da terra do pop”. Apenas em 2010, quando ela nem se quer lançou um álbum, Lady Gaga se tornou a primeira artista na história da Billboard a colocar os seus cinco primeiros singles em número 1. Gaga se tornou a primeira pessoa viva a ter 10 milhões de fãs no Facebook, o The Fame se tornou o álbum mais vendido digitalmente da história e Gaga foi indicada a 13 VMAs, quebrando um recorde. Ela foi a primeira pessoa a ter 6 milhões de seguidores no twitter e a primeira artista da história a quebrar a marca de um BILHÃO de visualizações de sues vídeos no You Tube. Sua Monster Ball Tour teve mais de 150 shows esgotados e faturou 83 milhões de libras, enquanto a Forbes anunciava que Gaga havia faturado 39 milhões sozinha.
Tem sido bastante fascinante ver Lady Gaga de longe, cantando Bad Romance em uma banheira gigante no X-factor ou aparecendo em defesa da derrubada de leis homofóbicas do Congresso americano. É um nível extraordinariamente diferente você realmente conhecer Lady Gaga, como essa correspondente da Stylist que teve a oportunidade em várias ocasiões nos últimos anos. A primeira vez foi no fim de 2008; ela tinha 22 anos, Just Dance fora lançada a poucos meses. O single foi sobre ficar bêbada em clubes, mas foi instantâneo ver que Gaga era cheia de idéias e compenetrada. Ela explicou que sua persona Lady Gaga nasceu quando ela percebeu que a garota estranha chamada Stefani Joanne Angelina Germanotta de Nova York que todo mundo zoava na escola era a parte mais interessante de sua personalidade. “Sempre me senti famosa”, acrescentou. “Você pode criar sua própria fama quando você é dedicado ao seu trabalho”.
Dois anos depois, esse compromisso já é lendário e seu espírito sem igual é firme. Algumas vezes quando você está com ela, ela irá se comportar como uma criança animada de olhos esbugalhados e então, num piscar de olhos, ela muda de personalidade e fala com a autoridade e conhecimento de uma mulher do dobro de sua idade. Uma mulher com o dobro da idade da Gaga é, lógico, Madonna, a última cantora a ter cativado o planeta nesse modo enquanto se mantinha firme dirigindo tudo. Mas no fim de 2008, o pop estava clamando por alguém que fizesse faiscar o mundo, e o pop teve sua salvadora aparecendo com faíscas saindo de seu sutiã.
Ela possui uma estética criativa que se expande de escrever músicas para a moda e até mesmo tecnologia, diz Jill Bradshaw, diretor da sede de Nova York do casting internacional da companhia Stylesight. “Enquanto outras artistas tiram seus estilos direto de outros, como seus estilistas, Gaga faz tudo ela mesma.” Estilo Pop sempre foi um dos principais rótulos da moda das passarelas para as ruas e parece irônico que um ato tão imerso no mundo da moda não tenha criado tendências fortes nas ruas. É fácil de ter um vestido da Lily Allen ou dicas da Marina & The Diamonds, mas com Gaga é menos fácil. No fim do dia, você irá acabar usando um presunto na cabeça ou não terá feito nada. ”Eu não vejo Gaga tendo um estilo definido porque seu estilo é ser indefinível” Bradshaw disse. “Ela tem um senso inato do que funciona”.
Seria fácil olhar para tudo isso como uma simples caixa tinindo, mas as paixãos de Gaga fica verdade se afirmar. Sarah Thornton, sociologista cultural e autora dos livros “Sete dias no mundo da arte e das culturas dos clubes: Música, Mídia e capital subcultural”, diz que o mundo da arte gosta de Lady Gaga, e ela está impressionada com o tamanho da inspiração da Gaga. “Ela realmente tem como inspiração o mundo da arte. Aliás, eu vi uma de suas entrevistas na qual ela estava enfatizando Marina Abramovi, que é uma das grandes damas da arte performática”. Essa entrevista está na internet. Pesquise “gaga marina” no YouTube e irá aparecer – Gaga, oprimida por sua paixão pelo “sem limites” da Abramavic em sua arte e vida. Enquanto estudava na Escola de artes de Tisch da Universidade de Nova York, escreveu uma tese de 80 páginas sobre Damien Hirst e a instalação do artista Spencer Tunick.
Sarah Thornton acrescenta que, independente disciplina, Gaga “é boa em estudar a complexidade das diferentes culturas ao seu redor. Ela é um fenômeno cultural complexo: é interessante de um ponto de vista musical, fashion e performático. Sua identidade cultural é interessante – Eu chamaria de multi-subcultural e há muitas subculturas que a identificam como parentes de espírito.”
Ela na realidade estabeleceu sua própria subcultura: seus amados Little Monsters, a comunidade de superfãs que a acompanham por todo o mundo. Naturalmente qualquer fenômeno pop que surgisse nos últimos três anos teria quebrado barreiras sociais na mídia, mas o engajamento da Gaga com seus fãs e sua paixão pela mídia digital nutriram uma fascinante legião de obsessivos. Vá ao backstage de varias bandas e uma triste verdade tende a emergir: eles odeiam seus fãs e não levam seus fãs à sério. Presentes são ridicularizados, cartas lidas em voz alta caçoando. Sente ao lado de Lady Gaga no backstage enquanto ela perde o fôlego lendo a carta de um fã e se surpreenda com a experiência: ela tem uma estranha admiração por essas pessoas.
Durante seus shows ao vivo, Gaga pára para explicar à audiência que apesar de todas as exclusões e apelidos que eles já levaram, eles devem por sua vida de pé novamente naquela noite e deixar as aberrações do lado de fora. O público tende a ficar um tanto louco neste ponto. Então Gaga grita: “E EU TRANQUEI A PORRA DAS PORTAS!” e o local explode.
A mentalidade dela parece dizer “então quer dizer que o povo ri de você? Dê a ultima risada por dar a primeira risada.” É exatamente o que ela faz com a imprensa. Hoje em dia, todas as celebridades estão na guerra contra a mídia, mas Lady Gaga parece ser aquela que começa as brigas. “Ela ganha batalhas todos dias”, diz o expert em imprensa Mark Borkwski. “É muito comum o sistema produzir uma estória viral e agora, Lady Gaga é esse virus. Pela história da cultura pop teve muitas pessoas que caíram nessa – na imprensa nós dizemos que a pessoa tem “aquilo”, e Lady Gaga tem isso. Ela sabe disso. Quando pessoas tentam fazer um julgamento sobre Lady Gaga, eles perdem o ponto – ela é simbiótica ao sistema (o sistema precisa de Lady Gaga e Lady Gaga precisa do sistema, basicamente isso). Até um ponto no qual ela perde o controle, ou até o ponto em que ela está totalmente controlando tudo e zoando disso”
“Acredito que ela seja perfeitamente consciente, do mesmo jeito que Boy George era no seu auge, que muitas pessoas pensam que ela é completamente ridícula,” diz o blogueiro de fofocas Mr. Holy Moly. Ela parece estar mais a par de como controlar o que as pessoas estão escrevendo. “Ela evita a necessidade de blogs de celebridade inventarem estórias sobre ela simplesmente fazendo melhor do que eles poderiam criar. Quem pensaria em fazer um vestido de carne? Para ser honesta, o mais agonizante sobre ser aquele que leva a vida sugando tudo da Lady Gaga é que é tudo muito irrelevante quando você escuta a sua música.”Bem, esse é o ponto. Lady Gaga faz um pop muito bom, desde a imaculada construção das batidas de Poker Face até os tons mais sóbrios da balada matadora Speechless. E ainda tem Bad Romance, o único grande sucesso cultural do século XXI. Essas músicas ajudaram a mudar o som da música pop mundial nos últimos anos.
Quando temos um grande hit, pessoas sempre irão dizer ‘Eu gostaria que meu artista tivesse uma música assim’” diz Geffen A&R Jordan Jay, que tem trabalhado com The Saturdays e The Wanted. “RedOne tem um som específico e, depois da Gaga, tenho certeza que ele recebeu propostas de todos os artistas do mundo – Gaga teve um grande impacto nos padrões atuais de música, principalmente nos EUA onde ela ajudou a trazer um som predominantemente Europeu para as rádios americanas.”
Gaga não está sozinha em suas tentativas. Vindos de diferentes origens, Will.I.Am e David Guetta juntos jogaram a música eletrônica no topo dos charts e fizeram elas funcionarem, mas não com a mesma paixão doentia da Lady Gaga.
“Seu impacto tem sido fenomenal”, adiciona Richard Park, Diretor executivo de programação na Global Radio. O conglomerado dele inclui a Capital e a Heart FM, que atualmente tocam mais vezes as músicas da Gaga que qualquer outra estação no UK. Ele adiciona: “Quando Just Dance apareceu foi uma injeção de vida quando estávamos acostumados com um pobre quadro de estrelas. Ela tem brigado com Madonna pelo título de Rainha do Pop e eu penso que era já tomou esse título dela.”
Então se Lady gaga é bem sucedida, o próximo passo natural seria surgir alguém exatamente igual a ela, correto? Nós vimos isso com Amy Winehouse, nós vemos isso com bandas de rock. Bem, com Gaga não é tão fácil: você não consegue copiá-la. “Você não poderia nem se quer começar a fabricar a próxima Lady Gaga”, diz Jay. “Eu já vi muitos artistas sem contrato que tentaram usar a ‘loucura’ da Gaga como se fosse sua e simplesmente não fica verdadeiro. Você não pode fabricar toda essa imprevisibilidade.”
Borkowski diz que o único limite é a própria capacidade dela de se manter reinventando e criando novas relações. “Ela entende o que a audiência dela quer. Bowie entendia. Madonna entendia. Todos eles entendiam isso, na verdade, até o ponto no qual eles não estavam mais em sincronia.” Thornton, no entanto, está consciente de Lady Gaga ter tanta sincronia que está preocupado com a rotina da Mother Monster. “As vezes você pode desligar tudo aquilo,” diz. “Mas eu não acho que Michael Jackson sempre fez tudo isso conscientemente – era na verdade sinal de um distúrbio mental do que uma interessante metáfora performativa. Você tem que ser muito cuidadoso para não acreditar em suas próprias ficções.”Existe o perigo da total Gaga persona tornar-se simplesmente difícil de manejar. Vocês viram aquela figura na qual era caiu de seus sapatos no aeroporto? Imagine isso, mas falando da carreira dela: muitos outros vídeos de 10 minutos, muitas afirmações polêmicas, uma roupa que de alguma forma acaba com tudo. No final, vai haver necessidade para Gaga se regenerar, como Madonna, Michael e Bowie uma vez fizeram, para mantiver seguindo em frente.
Alguns críticos irão dizer que parece estranho ou sem futuro existir todo esse alarde por Gaga ser uma artista visionária quando, no fim do dia, você escuta a suas músicas e elas são apenas canções pop. Tirando as presunções de que música pop não é maravilhosa ou capaz de ser profunda, o ponto que ela sempre tentou defender foi que pop nunca é “apenas” música pop.
Porque o argumento final de tudo isso é que música pop é o coração de todas as coisas que Lady Gaga faz. Não funcionaria se esse coração pulsante fosse nada além do pop. Mainstream, grande, estúpido, batidão – o pop das boates. E lendas pop são medidas por momentos, esses flashes de genialidade que superstars tem bem de vez em quando. Gaga já teve uns 100 desses momentos. E no Grammy próximo domingo ela vai chegar ao 101. E se você puder imaginar o que vai ser numero 102, você talvez seja a próxima Lady Gaga. Boa Sorte!
Antes que você se prenda no que será uma leitura extremamente esclarecedora, tire um tempo para fazer uma lista na sua cabeça de todas as super popstars dos últimos 50 anos. Agora comece a riscar os nomes. Comece com todas que não conseguiam cantar de verdade ao vivo, todas que não escreviam suas próprias músicas. Continue riscando os nomes se a popstar não é divertida ou, consciente, não liga para seus fãs, nunca vestiu uma roupa feita totalmente de Caco dos Mupets, não é aberta sobre sua sexualidade, não tem posição política bem definida e – essa é a pegadinha – é simultaneamente uma vendedora de 10 milhões de músicas. As chances são de que você só tenha dois ou três nomes, e a única dessas que você vai ouvir na radio hoje é Lady Gaga de 24 anos.
Lógico que não é necessário uma lista de nomes descartados para lhe dizer como Gaga define essa era de música pop, e o lançamento do seu fenomenal novo single Born This Way junto com o álbum de mesmo nome em maio, irá garantir à Gaga uma destemida, inovadora e carregada de sexo odisséia pop pelo menos por mais 18 meses. Born This Way já soava como um hit quando nós do Stylist escutamos pela primeira vez, versão demo, na ultima primavera. Agora ela está pronta para enfrentar os holofotes – a musica é um hino sobre auto confiança e igualidade daquelas que é capaz de chamar as atenções e mais importante tem uma batida de quebrar tudo.
maior parte das popstars obtem sucesso por que elas fazem parecer fácil o que elas fazem, mas Lady Gaga faz o seu trabalho parecer impossível e ela impôs algumas metas impressionantes para qualquer um que queira tomar o seu trono. Kylie Minogue entendeu bem quando falou que Gaga “jogou um meteoro no meio da terra do pop”. Apenas em 2010, quando ela nem se quer lançou um álbum, Lady Gaga se tornou a primeira artista na história da Billboard a colocar os seus cinco primeiros singles em número 1. Gaga se tornou a primeira pessoa viva a ter 10 milhões de fãs no Facebook, o The Fame se tornou o álbum mais vendido digitalmente da história e Gaga foi indicada a 13 VMAs, quebrando um recorde. Ela foi a primeira pessoa a ter 6 milhões de seguidores no twitter e a primeira artista da história a quebrar a marca de um BILHÃO de visualizações de sues vídeos no You Tube. Sua Monster Ball Tour teve mais de 150 shows esgotados e faturou 83 milhões de libras, enquanto a Forbes anunciava que Gaga havia faturado 39 milhões sozinha.
Tem sido bastante fascinante ver Lady Gaga de longe, cantando Bad Romance em uma banheira gigante no X-factor ou aparecendo em defesa da derrubada de leis homofóbicas do Congresso americano. É um nível extraordinariamente diferente você realmente conhecer Lady Gaga, como essa correspondente da Stylist que teve a oportunidade em várias ocasiões nos últimos anos. A primeira vez foi no fim de 2008; ela tinha 22 anos, Just Dance fora lançada a poucos meses. O single foi sobre ficar bêbada em clubes, mas foi instantâneo ver que Gaga era cheia de idéias e compenetrada. Ela explicou que sua persona Lady Gaga nasceu quando ela percebeu que a garota estranha chamada Stefani Joanne Angelina Germanotta de Nova York que todo mundo zoava na escola era a parte mais interessante de sua personalidade. “Sempre me senti famosa”, acrescentou. “Você pode criar sua própria fama quando você é dedicado ao seu trabalho”.
Dois anos depois, esse compromisso já é lendário e seu espírito sem igual é firme. Algumas vezes quando você está com ela, ela irá se comportar como uma criança animada de olhos esbugalhados e então, num piscar de olhos, ela muda de personalidade e fala com a autoridade e conhecimento de uma mulher do dobro de sua idade. Uma mulher com o dobro da idade da Gaga é, lógico, Madonna, a última cantora a ter cativado o planeta nesse modo enquanto se mantinha firme dirigindo tudo. Mas no fim de 2008, o pop estava clamando por alguém que fizesse faiscar o mundo, e o pop teve sua salvadora aparecendo com faíscas saindo de seu sutiã.
Ela possui uma estética criativa que se expande de escrever músicas para a moda e até mesmo tecnologia, diz Jill Bradshaw, diretor da sede de Nova York do casting internacional da companhia Stylesight. “Enquanto outras artistas tiram seus estilos direto de outros, como seus estilistas, Gaga faz tudo ela mesma.” Estilo Pop sempre foi um dos principais rótulos da moda das passarelas para as ruas e parece irônico que um ato tão imerso no mundo da moda não tenha criado tendências fortes nas ruas. É fácil de ter um vestido da Lily Allen ou dicas da Marina & The Diamonds, mas com Gaga é menos fácil. No fim do dia, você irá acabar usando um presunto na cabeça ou não terá feito nada. ”Eu não vejo Gaga tendo um estilo definido porque seu estilo é ser indefinível” Bradshaw disse. “Ela tem um senso inato do que funciona”.
Seria fácil olhar para tudo isso como uma simples caixa tinindo, mas as paixãos de Gaga fica verdade se afirmar. Sarah Thornton, sociologista cultural e autora dos livros “Sete dias no mundo da arte e das culturas dos clubes: Música, Mídia e capital subcultural”, diz que o mundo da arte gosta de Lady Gaga, e ela está impressionada com o tamanho da inspiração da Gaga. “Ela realmente tem como inspiração o mundo da arte. Aliás, eu vi uma de suas entrevistas na qual ela estava enfatizando Marina Abramovi, que é uma das grandes damas da arte performática”. Essa entrevista está na internet. Pesquise “gaga marina” no YouTube e irá aparecer – Gaga, oprimida por sua paixão pelo “sem limites” da Abramavic em sua arte e vida. Enquanto estudava na Escola de artes de Tisch da Universidade de Nova York, escreveu uma tese de 80 páginas sobre Damien Hirst e a instalação do artista Spencer Tunick.
Sarah Thornton acrescenta que, independente disciplina, Gaga “é boa em estudar a complexidade das diferentes culturas ao seu redor. Ela é um fenômeno cultural complexo: é interessante de um ponto de vista musical, fashion e performático. Sua identidade cultural é interessante – Eu chamaria de multi-subcultural e há muitas subculturas que a identificam como parentes de espírito.”
Ela na realidade estabeleceu sua própria subcultura: seus amados Little Monsters, a comunidade de superfãs que a acompanham por todo o mundo. Naturalmente qualquer fenômeno pop que surgisse nos últimos três anos teria quebrado barreiras sociais na mídia, mas o engajamento da Gaga com seus fãs e sua paixão pela mídia digital nutriram uma fascinante legião de obsessivos. Vá ao backstage de varias bandas e uma triste verdade tende a emergir: eles odeiam seus fãs e não levam seus fãs à sério. Presentes são ridicularizados, cartas lidas em voz alta caçoando. Sente ao lado de Lady Gaga no backstage enquanto ela perde o fôlego lendo a carta de um fã e se surpreenda com a experiência: ela tem uma estranha admiração por essas pessoas.
Durante seus shows ao vivo, Gaga pára para explicar à audiência que apesar de todas as exclusões e apelidos que eles já levaram, eles devem por sua vida de pé novamente naquela noite e deixar as aberrações do lado de fora. O público tende a ficar um tanto louco neste ponto. Então Gaga grita: “E EU TRANQUEI A PORRA DAS PORTAS!” e o local explode.
A mentalidade dela parece dizer “então quer dizer que o povo ri de você? Dê a ultima risada por dar a primeira risada.” É exatamente o que ela faz com a imprensa. Hoje em dia, todas as celebridades estão na guerra contra a mídia, mas Lady Gaga parece ser aquela que começa as brigas. “Ela ganha batalhas todos dias”, diz o expert em imprensa Mark Borkwski. “É muito comum o sistema produzir uma estória viral e agora, Lady Gaga é esse virus. Pela história da cultura pop teve muitas pessoas que caíram nessa – na imprensa nós dizemos que a pessoa tem “aquilo”, e Lady Gaga tem isso. Ela sabe disso. Quando pessoas tentam fazer um julgamento sobre Lady Gaga, eles perdem o ponto – ela é simbiótica ao sistema (o sistema precisa de Lady Gaga e Lady Gaga precisa do sistema, basicamente isso). Até um ponto no qual ela perde o controle, ou até o ponto em que ela está totalmente controlando tudo e zoando disso”
“Acredito que ela seja perfeitamente consciente, do mesmo jeito que Boy George era no seu auge, que muitas pessoas pensam que ela é completamente ridícula,” diz o blogueiro de fofocas Mr. Holy Moly. Ela parece estar mais a par de como controlar o que as pessoas estão escrevendo. “Ela evita a necessidade de blogs de celebridade inventarem estórias sobre ela simplesmente fazendo melhor do que eles poderiam criar. Quem pensaria em fazer um vestido de carne? Para ser honesta, o mais agonizante sobre ser aquele que leva a vida sugando tudo da Lady Gaga é que é tudo muito irrelevante quando você escuta a sua música.”Bem, esse é o ponto. Lady Gaga faz um pop muito bom, desde a imaculada construção das batidas de Poker Face até os tons mais sóbrios da balada matadora Speechless. E ainda tem Bad Romance, o único grande sucesso cultural do século XXI. Essas músicas ajudaram a mudar o som da música pop mundial nos últimos anos.
Quando temos um grande hit, pessoas sempre irão dizer ‘Eu gostaria que meu artista tivesse uma música assim’” diz Geffen A&R Jordan Jay, que tem trabalhado com The Saturdays e The Wanted. “RedOne tem um som específico e, depois da Gaga, tenho certeza que ele recebeu propostas de todos os artistas do mundo – Gaga teve um grande impacto nos padrões atuais de música, principalmente nos EUA onde ela ajudou a trazer um som predominantemente Europeu para as rádios americanas.”
Gaga não está sozinha em suas tentativas. Vindos de diferentes origens, Will.I.Am e David Guetta juntos jogaram a música eletrônica no topo dos charts e fizeram elas funcionarem, mas não com a mesma paixão doentia da Lady Gaga.
“Seu impacto tem sido fenomenal”, adiciona Richard Park, Diretor executivo de programação na Global Radio. O conglomerado dele inclui a Capital e a Heart FM, que atualmente tocam mais vezes as músicas da Gaga que qualquer outra estação no UK. Ele adiciona: “Quando Just Dance apareceu foi uma injeção de vida quando estávamos acostumados com um pobre quadro de estrelas. Ela tem brigado com Madonna pelo título de Rainha do Pop e eu penso que era já tomou esse título dela.”
Então se Lady gaga é bem sucedida, o próximo passo natural seria surgir alguém exatamente igual a ela, correto? Nós vimos isso com Amy Winehouse, nós vemos isso com bandas de rock. Bem, com Gaga não é tão fácil: você não consegue copiá-la. “Você não poderia nem se quer começar a fabricar a próxima Lady Gaga”, diz Jay. “Eu já vi muitos artistas sem contrato que tentaram usar a ‘loucura’ da Gaga como se fosse sua e simplesmente não fica verdadeiro. Você não pode fabricar toda essa imprevisibilidade.”
Borkowski diz que o único limite é a própria capacidade dela de se manter reinventando e criando novas relações. “Ela entende o que a audiência dela quer. Bowie entendia. Madonna entendia. Todos eles entendiam isso, na verdade, até o ponto no qual eles não estavam mais em sincronia.” Thornton, no entanto, está consciente de Lady Gaga ter tanta sincronia que está preocupado com a rotina da Mother Monster. “As vezes você pode desligar tudo aquilo,” diz. “Mas eu não acho que Michael Jackson sempre fez tudo isso conscientemente – era na verdade sinal de um distúrbio mental do que uma interessante metáfora performativa. Você tem que ser muito cuidadoso para não acreditar em suas próprias ficções.”Existe o perigo da total Gaga persona tornar-se simplesmente difícil de manejar. Vocês viram aquela figura na qual era caiu de seus sapatos no aeroporto? Imagine isso, mas falando da carreira dela: muitos outros vídeos de 10 minutos, muitas afirmações polêmicas, uma roupa que de alguma forma acaba com tudo. No final, vai haver necessidade para Gaga se regenerar, como Madonna, Michael e Bowie uma vez fizeram, para mantiver seguindo em frente.
Alguns críticos irão dizer que parece estranho ou sem futuro existir todo esse alarde por Gaga ser uma artista visionária quando, no fim do dia, você escuta a suas músicas e elas são apenas canções pop. Tirando as presunções de que música pop não é maravilhosa ou capaz de ser profunda, o ponto que ela sempre tentou defender foi que pop nunca é “apenas” música pop.
Porque o argumento final de tudo isso é que música pop é o coração de todas as coisas que Lady Gaga faz. Não funcionaria se esse coração pulsante fosse nada além do pop. Mainstream, grande, estúpido, batidão – o pop das boates. E lendas pop são medidas por momentos, esses flashes de genialidade que superstars tem bem de vez em quando. Gaga já teve uns 100 desses momentos. E no Grammy próximo domingo ela vai chegar ao 101. E se você puder imaginar o que vai ser numero 102, você talvez seja a próxima Lady Gaga. Boa Sorte!
via: ladygagabrasil
A Lady Gaga é fascinante. Não apenas como uma cantora pop, mas como um todo. Ela sabe usar os pontos mais estranhos de sua personalidade a seu favor. A maneira de como ela leva a sua carreira, a ousadia de criar metas até então inimagináveis; como ela trata os seus fãs, a sua habilidade de saber o que a mídia quer dela; a sua incontestável criatividade, a genialidade de suas músicas; o seu talento. É uma mistura que não tem como não fazer sucesso, que não tem como não superar todos os limites que se propor.
ResponderExcluirÉ impossível surgir um outro artista com todas essas características. Ou mesmo impossível ter êxito tentando copiá-la. Ela é única, sabe fazer com que todos fiquem atentos a ela.